Operação Proditor: Gaeco desarticula esquema de corrupção envolvendo servidor do Ministério Público e particulares
Na manhã desta quarta-feira (31), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) deflagrou a Operação Proditor, em cumprimento a três mandados de busca e apreensão emitidos pelo Juízo da Comarca de Itinga do Maranhão, sob a responsabilidade do juiz Bruno Ramos Mendes. A ação tem como alvo um servidor do quadro do Ministério Público e dois particulares, todos investigados por práticas criminosas, incluindo corrupção e exploração de prestígio.
A investigação teve início a partir de denúncias que indicavam que os investigados solicitavam vantagens financeiras em troca de favores relacionados aos atos de ofício de competência do Ministério Público. O servidor ministerial estaria influenciando a realização, omissão ou retardamento desses atos em troca de benefícios pessoais.
A operação de busca e apreensão foi realizada com o objetivo de coletar elementos de prova relacionados aos fatos investigados. Paralelamente, foram deferidas medidas cautelares pessoais, incluindo a suspensão do exercício da função pública e afastamento do servidor do Ministério Público até a conclusão das investigações. Além disso, foi determinada a proibição de acesso às unidades ministeriais nas comarcas envolvidas nos fatos investigados, bem como a restrição de contato entre os envolvidos e com outros servidores do Ministério Público.
A escolha do nome da operação, Proditor, tem origem no latim e significa "traidor". A designação faz referência à conduta do agente público investigado, que teria se utilizado de suas funções na instituição, como servidor concursado, para a prática de crimes em prejuízo da sociedade, da Administração Pública e dos princípios fundamentais que a regem, especialmente a legalidade, impessoalidade e moralidade. A Operação Proditor visa desarticular esse esquema de corrupção e garantir a integridade das instituições e a justiça social.
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